quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

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Cagando somos todos iguales










Cultura Inútil



Mensagens para secretária eletrônica


Provavelmente eu estou em casa. Apenas estou tentando evitar alguém que eu não gosto. Deixe uma mensagem. Se eu não chamar de volta é porque é você.

Alô, aqui é a Morte. Não estou disponível agora, mas se você deixar
seu nome e telefone, eu estarei logo, logo disponível para você...

Felicitações, você está em contato com a sexto sentido detetives associados.

Nós sabemos quem você é e de onde você fala. Então, depois do bip, queira desligar.

Alô, eu estou em casa agora, apenas não consigo achar o telefone. Deixe uma mensagem e eu te telefono assim que encontrá-lo.

Eu não posso atender agora porque estou com amnésia e me sinto ridículo conversando com alguém que eu não me lembro o nome. Você poderia me ajudar dizendo o meu nome e alguma coisa sobre mim. Obrigado.

Isto não é uma secretária eletrônica. É um aparelho de detecção de pensamentos. Após o bip sonoro, queira pensar no seu nome, telefone e razão do telefonema e eu pensarei se retorno a chamada.

Você está ficando cansado. Suas pálpebras estão ficando pesadas... Você está perdendo gradualmente seu auto-controle e sua capacidade de resistir à sugestão. Quando você escutar o bip sonoro você sentirá uma vontade irresistível de dizer seu nome, telefone e uma mensagem...

Alô, eu sou a secretária eletrônica do .... Quem é você?

Alô, aqui é a tostadeira do .... A secretária eletrônica dele está no conserto. Deixe uma mensagem depois que a torrada estiver pronta.

Alô, aqui é o microondas do .... A secretária eletrônica dele fugiu com o aparelho de som. Então eu estou pegando as mensagens. Se você quiser cozinhar algo enquanto deixa uma mensagem, é só colocar na frente do fone.

Alô, você está falando com uma máquina. Meus donos não estão precisando de uma enciclopédia, de uma nova janela ou de uma banheira. O carpete da sala está limpo e eles já fizeram doações de caridade este ano. Eles também não precisam tirar fotos para um álbum. Se você ainda está comigo, queira deixar seu nome e telefone e eles te telefonaram assim que possível.

Alô, aqui é o João. Se você está tentando falar comigo, você errou o número. Mas se você está tentando contatar o Jorge, a Marta ou a Cristina, por favor deixe seu nome e número após o bip. Não garanto que um deles irá retornar o telefonema, só garanto que eu não vou...

Alô, você está falando com a secretária eletrônica de João e Maria. Eles não estão em casa agora... Pelo menos eu penso que eles não estão... (a voz se afasta do fone) João??? Maria??? (a voz retorna) Não, eles não estão. Após o bip queira deixar sua mensagem.

(som de música alta ao fundo) Alô??? Espera um minuto enquanto eu desligo o som... (som de passos se afastando do telefone, o som é desligado. Passos retornando ao telefone) Oi, desculpa... Quem está falando... bem... quer dizer... sendo sincero, você está falando com uma máquina! Então queira deixar uma mensagem após o bip sonoro.

Estou escrevendo a tese definitiva. Gostaria que você dissesse como você se sente em relação às máquinas. Seja honesto. É para a posteridade.

Você tem 5 segundos para encontrar qualquer coisa para dizer após o bip...

Mooooo, a vaca. AuAuAuAuAu, o cachorro. Miau, Miau Miau, o gato. Cocoricó, o galo. Oinc, oinc, oinco, o porco. Agora é sua vez...

Alô, você chamou você sabe quem. Eu não estou você sabe onde. Deixe uma mensagem depois do você sabe o que.

Boa noite. Bom dia. Durante minha ausência eu procuro mensagens
engraçadas para minha secretária eletrônica. Deixe a sua após o bip sonoro.

E a mais curta: - depois do bip. obrigado.

Você ligou para o número que acabou de discar.

Alô, você sabe o resto.

Você ligou para o número certo, a pessoa certa, o lugar certo, mas na hora errada, deixe uma mensagem após o bip.

Eu não posso atender o telefone agora, então se, bem, realmente, eu posso atender agora, digo, estou no telefone agora, gravando esta mensagem, mas estou fazendo isso agora, enquanto você está ouvindo depois, com exceção de você eu acho que é agora, como, quando você estiver ouvindo isso..., digo, espere, meu Deus! Isso é tão confuso.

Oi, você está na secretária eletrônica do Fulano. Ele não está em casa neste momento, mas o que quer que você queira falar com ele, você pode me contar.

Nós somos muito íntimos e repartimos todas as nossas experiências.

(música do Missão impossível) Alô.. no momento não posso atender... deixe seu recado após o sinal .. esta msg se auto destruirá em 5 segundos.. boa sorte.

(Missão impossível ao fundo)... você ligou para (o nº do telefone, é óbvio) e no momento é impossível falar com você. Por favor, deixe seu recado porque senão será impossível saber que você ligou. Esta mensagem se auto-destruirá em 3 segundos...

Você ligou para o número certo, porém na hora errada. Deixe seu apelo após o bip e vê se na próxima vez olha no relógio antes de ligar para minha casa!

1, 2, 3, 4, 5. Sinto muito, mas acabou o tempo para você deixar a sua mensagem. Obrigado. bip, bip, bip.
Alô....(pausa 1s) Alô..... (pausa 3s) alooooooooô... (alto) ei tem alguém aí (pausa 3 s)? Aqui não.. então deixe seu recado após o bip.

Alô? Pera aí. Mãe, pode deixar que eu já atendi. Mãe, desliga essa extensão, eu já atendi. Ih, me lembrei, a minha mãe não está. Aliás, eu também não estou. Mas se você realmente quiser falar comigo, deixe o seu recado...

(Com voz arretada) Arô.. Aqui é o Josefino, o faxineiro, aqui num tem ninguém não... mas se ocê quisé falá com os patrão, espere o baruio e fale que os patrão dispois qui iscutá fala com ocê.

Obrigado por ter doado 500 reais para a LBA. O valor virá descontado em sua próxima conta telefônica. Deus lhe pague.

Depois do bip, você sabe o que fazer...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Anuncio Bloguetero


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Os Blogueteros

Super Dicas para Idiotas



1- O professor está doente. Se não está, ficará com a minha presença.

2- A crise me corrompeu.

3- Já que a aula é um dever, vamos dever mais uma aula.

4- Segunda que vem eu vou.

5- Esta semana já foi pro brejo.

6- Minha esperança é manter esta ausência consciente.

7- Consideram-me um marginal aos poderes constituídos.

8- Em matérias colativas, não é necessária a presença.

9- As melhores recordações que tenho da escola são os dias em que matei aula.

10- Sou um incompreendido.

11- Minha mãe não me deixa ir a escola em dias nublados.

12- Se eu fizer esta prova todos vão querer colar de mim.

13- Ou trabalho ou estudo, ainda não decidi.

14- Com a crise dos costumes, matar aula virou obsessão.

15- Quando eu voltar para a escola, todos vão ficar contentes em me ver.

16- Quem não matou aula na vida não teve infância.

17- Minha maior preocupação é não ser aprovado por distinção, sou tímido.

18- Tive um sonho que a III guerra mundial começava hoje.

19- Estou no cio.

20- Até parece que matemática é importante.

21- O Ministro da Economia também matou aula.

22- Sinto uma alergia a uniformes...

23- Alguém pegou gonorréia no banheiro da escola.

24- Se eu aparecer, também serei reprovado.

25- Estou me acostumando a sentir falta da escola.

26- Gosto que todos fiquem na expectativa de eu aparecer.

27- A aula de educação física esgotou minhas possibilidades de bom aproveitamento intelectual.

28- Hoje a ideia mais brilhante que eu poderia ter é matar aula.

29- Ser aluno brilhante pra que?

30- Hoje vou tentar bater o record do fliperama.

31- Amanha farei minha ultima tentativa de aceitar a escola sem restrições.

32- Estou ocupado redigindo a justificativa de minha falta.

33- Antes só do que mal escolado.

34- Neste momento eu tenho tudo que quero da vida: uma cama quentinha e uma mae compreensiva.

35- Derrotei o travesseiro, mas, perdi para os lençóis.

36- A pedagogia moderna aceita ausências eventuais, mesmo que sejam constantes.

37- Hoje, meu corpo não, mas, meu espírito estará presente.

38- O dia está lindo...

39- Com uma manha dessa como esta quem pode pensar em escola?

40- Que chuva não...

41- Estou com distensão na orelha.

42- A dor de cabeça que eu estou...

43- Minha professora não entende nada.

44- Eu nao entendo minha professora.

45- Por mais que eu estude, esta matéria não entra.

46- Nunca deixe para depois de amanha o que pode fazer amanha.

47- Sexta-feira é dia consagrado aos deuses de minha religião.

48- Segunda-feira é um saco.

49- Depois de uma noticia como a de ontem, o que você queria?

50- Hoje é dia nacional de luta pelo aluno incompreendido.

51- Relapso, e dai'?

52- Acordei tarde.

53- Acordei cedo e dormi de novo.

54- Tenho uma rara doença no cérebro que me impede de lembrar... O que é mesmo que eu estava dizendo?

55- Tive que segurar o cachorro pra ele tomar vacina.

56- Hoje é dia de receber Boletim.

57- Perdi a hora.

58- Compromissos imprescindíveis me prenderam alhures.

59- No meio do caminho me deu uma dor de barriga...

60- Mamãe, tua criança está febril.

61- Esqueci onde fica a escola.

62- Namoro firme esta ai.

63- Já nasci formado.

64- Eu pego esta matéria por telepatia.

65- Prefiro o Telecurso.

66- Eu queria uma escola com mordomias.

67- Quero que sintam minha ausência.

68- Depois que minha professora me disse que aprender é uma festa, perdi o convite.

69- Esqueci a maca da professora.

70- Sempre fui fiel a meus princípios. Mato aulas por principio.

71- Nem tudo que reluz é aula.

72- De aula em aula, o aluno enche o saco.

73- Cansei de matar aulas, agora só ensino como se faz.

74- Não foi a primeira vez e não será a ultima.

75- Você já notou como as ferias estão cada vez mais curtas?

76- Alem deste teremos mais 42 dias letivos passiveis de se matar aula.

77- Ainda não acabei minha lição de casa.

78- Prefiro ser autodidata.

79- Ah! eu queria tanto...

80- Fui suspenso por excesso de faltas.

81- As grandes faltas de minha vida são aquelas que ainda não tive.

82- Ainda não entrei no ar.

83- Eu não mato aulas. Elas é que me matam.

84- Ao contrario do que diz o Ministério, pra mim, o ano letivo não tem 180 dias.

85- Ainda não inventaram uma droga eficaz contra rejeição escolar.

86- Não sei porque, mas as aulas são sempre colidentes com meu estado de espírito.

87- Faltei hoje porque estou preocupado com uma boa desculpa para faltar amanhã.

88- Faltei por motivo de luto. Você não imagina como eu luto com a preguiça.

89- Ainda tenho uma pequena chance de ser reprovado; não é hora de desistir.

90- Estarei procurando o cara que inventou a escola.

91- Sou supersticioso, ir a escola em dias impares da azar.

92- Matar aulas é o meu fraco. Estou tão anêmico...

93- Tenho uma incrível vocação para a vagabundagem.

94- Não dou satisfações a quem não tenha a mesma visão política que eu.

95- Mais vale duas aulas "voando" do que uma na mão.

96- Iria, se a substancia da aula fosse mais consistente.

97- Eu poderia mentir, mas, direi a verdade. Só que em outra ocasião.

98- A verdade dói. Você não poderia me machucar em outra hora?

99- Escola? Ontem? Pensei que hoje fosse segunda...

100- Acho melhor ficar em casa e acessar http://osblogueteros.blogspot.com/

Entre Risos e Improvisos



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Sê Criativo, destrói o artista que há em ti








Efeito Smirnoff










Cultura Inútil


Tira de Letra


No Fundo do Baú



Cazuza
Informação geral

Nome completo: Agenor de Miranda Araújo Neto
Apelidos: Cazuza, O Poeta do Rock, Exagerado, Caju
Nascimento: 4 de abril de 1958 - Rio de Janeiro, RJ
Data de morte: 7 de julho de 1990 (32 anos)
Gêneros: MPB, rock brasileiro
Instrumentos: Vocal
Período em atividade: 1981 - 1990
Gravadora(s): Som Livre - PolyGram - Universal Music Group
Afiliações: Barão Vermelho
Página oficial: http://www.cazuza.com.br/

     Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza (Rio de Janeiro, 4 de abril de 1958 — Rio de Janeiro, 7 de julho de 1990) foi um cantor, compositor e poeta brasileiro que ganhou fama como símbolo da sua geração como vocalista e principal letrista da banda Barão Vermelho. Sua parceria com Roberto Frejat foi criticamente aclamada. Dentre as composições famosas junto ao Barão Vermelho estão "Todo Amor Que Houver Nessa Vida", "Pro Dia Nascer Feliz", "Maior Abandonado", "Bete Balanço" e "Bilhetinho Azul".
     Cazuza tornou-se um dos ícones da música brasileira da década de 1980. Dentre seus sucessos musicais em carreira solo, destacam-se "Exagerado", "Codinome Beija-Flor", "Ideologia", "Brasil", "Faz Parte Do Meu Show", "O Tempo Não Pára" e "O Nosso Amor A Gente Inventa".
     Cazuza também ficou conhecido por ser rebelde, boêmio e polêmico, tendo declarado em entrevistas que era bissexual. Em 1989 declarou ser soropositivo e sucumbiu à doença em 1990, no Rio de Janeiro. Também reconhecido pela sua inconfundível voz, ao lado de Raul Seixas e Renato Russo, é considerada uma das melhores vozes da música brasileira.

Biografia - Infância e adolescência

     Filho de João Araújo, produtor fonográfico, e de Lucinha Araújo, Cazuza recebeu o apelido mesmo antes do nascimento. Agenor, seu verdadeiro nome foi recebido por insistência da avó paterna. Na infância, Cazuza nem sequer sabia seu nome de batismo, por isso não respondia à chamada na escola. Só mais tarde, quando descobre que um dos compositores prediletos, Cartola, também se chamava Agenor (na verdade, Angenor, por um erro do cartório), é que Cazuza começa a aceitar o nome.
     Cazuza sempre teve contato com a música. Influenciado desde pequeno pelos grandes nome da música brasileira, ele tinha preferência pelas canções dramáticas e melancólicas, como as de Cartola, Dolores Duran, Lupicínio Rodrigues, Noel Rosa, Maysa e Dalva de Oliveira. Era também grande fã da roqueira Rita Lee, para quem chegou a compor a letra da canção "Perto do fogo", que Rita musicou.
     Cazuza cresceu no bairro do Leblon e estudou no Colégio Santo Inácio até mudar para o Colégio Anglo-Americano, para evitar reprovação. Como os pais às vezes saíam à noite, o filho único ficava na companhia da avó materna, Alice. Por volta de 1965, ele começou a escrever letras e poemas, que mostrava à avó.
     Graças ao ambiente profissional do pai, Cazuza cresceu em volta dos maiores nomes da Música Popular Brasileira, como Caetano Veloso, Elis Regina, Gal Costa, Gilberto Gil, João Gilberto, Novos Baianos, entre outros. A mãe, Lucinha Araújo, também cantava e gravou três discos.
     Em 1972, tirando férias em Londres, Cazuza conhece as canções de Janis Joplin, Led Zeppelin e Rolling Stones, e logo tornou-se um grande fã.
     Por causa da promessa do pai, que disse que lhe presentearia com um carro caso ele passasse no vestibular, Cazuza foi aprovado em Comunicação em 1976, mas desistiu do curso três semanas depois. Mais tarde começou a frequentar o Baixo Leblon, onde levou uma vida boêmia. Assim, João Araújo criou um emprego para ele na gravadora Som Livre, da qual ainda é presidente. Na Som Livre, Cazuza trabalhou no departamento artístico, onde fez triagem de fitas de novos cantores. Logo depois trabalhou na assessoria de imprensa, onde escreveu releases para divulgar os artistas.
     No final de 1979 ele fez um curso de fotografia na Universidade de Berkeley, em São Francisco, Estados Unidos. Lá descobriu a literatura da Geração Beat, os chamados poetas malditos, que mais tarde teria grande influência na carreira.
     Em 1980 ele retornou ao Rio de Janeiro, onde ingressou no grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone no Circo Voador. Foi nessa época que Cazuza cantou em público pela primeira vez.
O cantor e compositor Léo Jaime, convidado para integrar uma nova banda de rock de garagem que se formava no bairro carioca do Rio Comprido não aceitou, mas indicou Cazuza aos vocais. Daqueles ensaios na casa do tecladista Maurício Barros, nasceu o Barão Vermelho.

Barão Vermelho

     O Barão Vermelho, que até então era formado por Roberto Frejat (guitarra), Dé Palmeira (baixo), Maurício Barros (teclados) e Guto Goffi (bateria), gostou muito do vocal berrado de Cazuza. Em seguida, Cazuza mostra à banda letras que havia escrito e passa a compor com Roberto Frejat, formando uma das duplas mais festejadas do rock brasileiro. Dali para frente, a banda que antes só tocava covers passa a criar um repertório próprio.
     Após ouvir uma fita demo da banda, o produtor Ezequiel Neves convence o diretor artístico da Som Livre, Guto Graça Mello, a gravar a banda. Juntos convencem o relutante João Araújo a apostar no Barão.
Com uma produção barata e gravado em apenas dois dias, é lançado em 1982 o primeiro álbum da banda, Barão Vermelho. Das canções mais importantes, destacam-se "Bilhetinho Azul" (elogiadíssima por Caetano Veloso), "Ponto Fraco", "Down Em Mim" e a obra-prima "Todo Amor Que Houver Nessa Vida". Bom frisar que na época, Cazuza tinha apenas 23 anos, mas uma grande maturidade poética. Apesar de ser aclamado pela crítica, o disco vendeu apenas 7 mil cópias.
Depois de alguns shows no Rio de Janeiro e em São Paulo, a banda voltou ao estúdio e com uma melhor produção gravou o disco Barão Vermelho 2, lançado em 1983. Esse disco vendeu 15 mil cópias. Foi nessa fase que, durante um show no Canecão, Caetano Veloso apontou Cazuza como o maior poeta da geração e criticou as rádios por não tocarem a banda. Na época as rádios só tocavam pop brasileiro e MPB. O rótulo de "banda maldita" só abandonou o Barão Vermelho quando o cantor Ney Matogrosso gravou "Pro Dia Nascer Feliz". Era o empurrão que faltava, e a banda ganhou vida pública própria.

Maior Abandonado e Rock in Rio

     A banda é convidada a compor e gravar o tema do filme Bete Balanço. A canção, "Bete Balanço", torna-se um dos grandes clássicos dos barões, impulsionando o filme que vira sucesso de bilheteria. A canção também impulsionou as vendas do terceiro disco do Barão, Maior Abandonado, lançado em outubro de 1984, que conquistou disco de ouro, registrando outras composições como "Maior Abandonado" e "Por Que a Gente é Assim?".
     Em 15 e 20 de janeiro de 1985, o Barão Vermelho se apresenta na primeira edição do Rock in Rio (o maior e mais importante festival da América do Sul). A apresentação da banda no quinto dia tornou-se antológica por coincidir com a eleição do presidente Tancredo Neves e com o fim da Ditadura Militar. Cazuza anuncia esse fato ao público presente e para comemorar, cantou "Pro Dia Nascer Feliz".

 "Não divido nada, muito menos o palco"

     Cazuza deixou a banda a fim de ter liberdade para compor e se expressar, musical e poeticamente. Em julho de 1985, durante os ensaios do quarto álbum, Cazuza deixou o Barão Vermelho para seguir carreira solo. Suspeita-se que nesse mesmo ano começou a ter febre diariamente, indícios da AIDS que se agravaria anos depois. Ezequiel Neves (faleceu no dia 7 de julho de 2010), que trabalhou com o Barão, dividiu-se entre a banda e a carreira solo de Cazuza. "Fui 'salomônico'", declarou em entrevista ao Jornal do Commercio, em 2007, quando Cazuza completaria 49 anos.

Carreira Solo - Exagerado e Só Se For A Dois

     Em agosto de 1985, Cazuza é internado para ser tratado por uma pneumonia. Cazuza exigiu fazer um teste de HIV, do qual o resultado foi negativo. Em novembro de 1985 foi lançado o primeiro álbum solo, Exagerado. "Exagerado", a faixa-título composta em parceria com Leoni, se torna um dos maiores sucessos e marca registrada do cantor. Também destaca a obra-prima "Codinome Beija-Flor". A canção "Só As Mães São Felizes" é vetada pela censura.
     Cazuza gravou o segundo álbum no segundo semestre de 1986. Como a Som Livre terminou com o cast, Só Se For A Dois foi lançado pela PolyGram (agora Universal Music Group) em 1987. Logo depois, a PolyGram contratou Cazuza. Só Se For A Dois mostra temas românticos como "Só Se For A Dois", "O Nosso Amor A Gente Inventa", "Solidão Que Nada" e "Ritual".

Ideologia e O Tempo Não Pára

     A AIDS (doença da qual provavelmente sofria desde 1985) volta a se manifestar em 1987. Cazuza é internado com pneumonia, e um novo teste revela que o cantor é portador do vírus HIV. Em Outubro, Cazuza é internado na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, para ser tratado por uma nova pneumonia. Em seguida, ele é levado pelos pais aos Estados Unidos. Lá, Cazuza é submetido a um tratamento a base de AZT durante dois meses no New England Hospital de Boston. Ao voltar ao Brasil no começo de dezembro de 1987, Cazuza inicia as gravações para um novo disco. Ideologia de 1988, inclui os hits "Ideologia", "Brasil" e "Faz Parte Do Meu Show". "Brasil" em versão de Gal Costa foi tema de abertura da telenovela Vale Tudo da Rede Globo.
     Os shows se tornam mais elaborados e a turnê do disco Ideologia, dirigido por Ney Matogrosso, viaja por todo o Brasil. O Tempo Não Pára, gravado no Canecão durante esta turnê, é lançado em 1989. O disco se tornou o maior sucesso comercial superando a marca de 500 mil cópias vendidas. A faixa "O Tempo Não Pára" torna-se um de seus maiores sucessos. Também destacam-se "Todo Amor Que Houver Nessa Vida" com um novo arranjo mais introspectivo, "Codinome Beija-Flor" e "Faz Parte Do Meu Show". O Tempo Não Pára também foi lançado em VHS Vídeo pela Globo.

Burguesia

     Em fevereiro de 1989, Cazuza declara publicamente que era soropositivo, ajudando assim a criar consciência em relação à doença e aos efeitos dela. Cazuza comparece na cerimônia do Prêmio Sharp de cadeira de rodas, onde recebe os prêmios de melhor canção para "Brasil" e melhor álbum para Ideologia.
Burguesia (1989) foi gravado com o cantor numa cadeira de rodas e com a voz nitidamente enfraquecida. É um álbum duplo de conceito dual, sendo o primeiro disco com canções de rock brasileiro e o segundo com canções de MPB. Burguesia é o último disco gravado por Cazuza e vendeu 250 mil cópias. Cazuza recebeu o Prêmio Sharp póstumo de melhor canção com "Cobaias de Deus".



Morte

     Em outubro de 1989, depois de quatro meses a base de um tratamento alternativo em São Paulo, Cazuza parte novamente para Boston, onde ficou internado até março de 1990 voltando assim para o Rio de Janeiro.
     No dia 7 de julho de 1990, Cazuza morre aos 32 anos por um choque séptico causado pela AIDS. No enterro compareceram mais de mil pessoas, entre parentes, amigos e fãs. O caixão, coberto de flores e lacrado, foi levado à sepultura pelos ex-companheiros do Barão Vermelho. Cazuza foi enterrado no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.

Legado

     Em apenas nove anos de carreira, Cazuza deixou 126 canções gravadas, 78 inéditas e 34 para outros intérpretes.
Após a morte de Cazuza, os pais fundaram a Sociedade Viva Cazuza em 1990. A Sociedade Viva Cazuza tem como intenção proporcionar uma vida melhor à crianças soropositivas através de assistência à saúde, educação e lazer.
     Em 1997, a cantora Cássia Eller lançou o álbum Veneno AntiMonotonia, que traz somente composições de Cazuza.
     As canções de Cazuza já foram reinterpretadas pelos mais diversos artistas brasileiros dos mais diversos genêros musicais.
     A Som Livre realizou o show Tributo a Cazuza em 1999, posteriormente lançado em CD e DVD, do qual participaram Ney Matogrosso, Barão Vermelho, Engenheiros do Hawaii, Kid Abelha, Zélia Duncan, Sandra de Sá, Arnaldo Antunes e Leoni.
     No ano 2000 foi exibido no Rio de Janeiro e em São Paulo o musical Casas de Cazuza, escrito e dirigido por Rodrigo Pitta, cuja história tem base nas canções de Cazuza.
Em 2004 foi lançado o filme biográfico Cazuza - O Tempo Não Pára de Sandra Werneck.

Artistas relacionados

     Dentre diversos artistas relacionados a Cazuza, podemos mencionar Simone (O tempo não pára e Codinome Beija-flor), Leoni (com quem compôs o maior sucesso, Exagerado), Léo Jaime (que apresentou Cazuza para a banda Barão Vermelho quando esta já estava formada e precisando de um vocalista para completar a banda), Lobão, tanto pela amizade com Cazuza quanto pela influência de um em outro, por ter sido grande inspiração no começo da carreira, Cássia Eller por ter sido a intérprete que mais gravou canções de Cazuza, Arnaldo Antunes pela influência marcante, Bebel Gilberto pela amizade e parceria em algumas músicas, Ney Matogrosso por ter sido namorado, Renato Russo, por ter homenageado duas vezes o ex-vocalista do Barão (com a canção em inglês Feedback Song For a Dying Friend e com a regravação de Quando Eu Estiver Cantando no show Viva Cazuza, em 1990) e Frejat, por ter sido um grande amigo e seu principal parceiro em composições musicais.

Discografia

Com o Barão Vermelho
1982 - Barão Vermelho
1983 - Barão Vermelho 2
1984 - Maior Abandonado

Solo

1985 - Exagerado
1987 - Só Se For A Dois
1988 - Ideologia
1988 - O Tempo Não Pára - ao vivo
1989 - Burguesia
1991 - Por Aí (póstumo)
2005 - O Poeta Está Vivo - Show no Teatro Ipanema 1987 - ao vivo (póstumo)


Videografia

Com o Barão Vermelho

2007 - Rock in Rio 1985 (DVD)

Solo

1988 - Ideologia (VHS Vídeo)
1989 - O Tempo Não Pára (VHS Vídeo)
2008 - Pra Sempre Cazuza (DVD)

Filmografia

1984 - Bete Balanço (participação especial)
1987 - Um Trem para as Estrelas (participação especial)
2001 - Cazuza - Sonho de uma noite no Leblon (documentário)
2004 - Cazuza - O tempo não pára (biográfico)

Bibliografia

1990 - Songbook Cazuza Vol. 1, de Almir Chediak, Lumiar Editora
1990 - Songbook Cazuza Vol. 2, de Almir Chediak, Lumiar Editora
1997 - Cazuza, Só As Mães São Felizes, de Lucinha Araújo e Regina Echeverria, Editora Globo
2001 - Cazuza, Preciso Dizer Que Te Amo - Todas as Letras do Poeta, de Lucinha Araújo e Regina Echeverria, Editora Globo